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domingo, 10 de fevereiro de 2013

 Já é tarde e a minha insônia como sempre persiste em estar presente, na verdade ela é a minha única companhia. A TV está ligada, está passando um daqueles filmes infantis que eu já assisti milhares de vezes. Mas eu não estou ligando para o filme até por que eu também não estou prestando atenção, eu estou aqui mas os meus pensamentos estão longe, muito longe. Estou lembrando de um antigo amor. Eu nunca o esqueci completamente, até hoje em alguns lugares eu lembro do riso dele e dou um leve sorriso lembrando como eu era feliz ao lado daquele garoto do riso gostoso de se ouvir, na verdade eu nunca amei alguém com a intensidade que eu o amei, até hoje. 
Depois que terminamos eu tentei achar um abraço como o dele, mas sinceramente nenhum me protegia igual. 
As vezes eu me pergunto o por que de eu ter me prendido tanto a ele, e me pergunto se ele por algum acaso se prendeu a mim também, se ele talvez pelo menos lembra de mim, ou talvez se ele lembra da minha risada, ou de alguma piadinha sem graça, ou pelo menos do meu nome, me pergunto se ele também procurou em outro alguém o que ele sabia que só eu encontraria em mim, se ele lembra das nossas inúmeras brigas, das nossas conversas sem sentidos algum. Eu sei que existe algum motivo pelo qual eu ainda seja apegada tanto a ele, é como se estivesse faltando algo entre a gente, é como se a nossa história ainda estivesse faltando um final, os ‘felizes até quando der, até quando um aguentar acordar e ver o sorrio um do outro’. Talvez seja isso, talvez ainda falte um pedaço da nossa história para ser terminada. Eu não sei explicar direito, mas sei que ele ainda me tira o sono, e me faz rir no meio da rua. Amor é muito complicado, saudade é complicado, lembranças são complicadas, eu sou muito complicada, e tudo isso junto, cara, é muita compilação.  

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