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domingo, 18 de março de 2012

Era uma vez, eu.
Um dia eu amei.
No outro eu fui feliz.
Depois eu sofri.
Hoje é apenas, eu.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Eu gosto da maneira como gosto de você. Gosto de imaginar você aqui. Gosto de pensar no futuro, pois você sempre está nele. Gosto de pensar em nossos pés enlaçados debaixo dos lençóis em uma manhã de domingo. Em uma cama quentinha e nossas roupas espalhadas pelo chão. Gosto de pensar na bagunça que iria ser. Mas iria ser a nossa bagunça. Imagino nossas brigas: pelo controle da tevê, pra quem vai apagar a luz por último, pra quem vai secar ou lavar a louça, sobre quem ama mais. Gosto de pensar no desastre nosso tentando cozinhar. Gosto de pensar no som da sua risada abafada. Da segurança do seu abraço forte. Gosto de imaginar a cena: Você dizendo o quanto eu sou irritante, e eu o quanto te odeio. Riríamos. Pois saberíamos o quanto aquilo queria dizer que nos amamos. Gosto de pensar que um dia vamos dividir a mesma cama, o mesmo cobertor, e por descuido, até o mesmo travesseiro. Que um dia vou poder te morder e te beliscar, sabendo que você vai estar gostando. Que vou sempre poder te dizer o quanto eu te amo. Que vamos nos beijar no meio de uma conversa, e que no meio desse nosso beijo alguém vai rir. Gosto de imaginar sua voz no meu ouvido, nem que esteja gritando, xingando, ou falando coisas bobas. Que vou poder, sempre e qualquer hora do dia, me enrolar com você em um edredom e dormir. Que vou, todos os dias, deitar, olhar para o lado e te vê ali. Que vou acordar, virar, e te encontrar à oito centímetros de mim, logo no outro travesseiro. Que vamos envelhecer juntos. E que, 40 anos depois, naquela tarde de sábado, naquele banco da praça, você me olhe bem dentro dos olhos e diga: Eu continuo me apaixonando por você todos os dias.